quinta-feira, 24 de junho de 2010

Argentina consegue 66% de adesão na troca da dívida

A Argentina conseguiu uma aceitação de 66% na segunda etapa de sua troca de títulos em moratória, e estima que esteja se aproximando de uma saída para o maior default da história, de 90 bilhões de dólares.
"Ingressaram nesta etapa da troca 12,067 bilhões de dólares, o que implica uma adesão de 66%, muito superior às expectativas do governo", anunciou nesta quarta-feira o ministro da Economia, Amado Boudou em coletiva de imprensa.
O funcionário explicou que se aos 66% da operação recente encerrada na terça-feira se somar a primeira etapa da troca realizada em 2005, durante o governo de Néstor Kirchner (2003-2007), o nível de aceitação alcança 92,4% do total dos títulos em default desde 2001.
O governo de Cristina Kirchner, mulher e sucessora de Néstor Kirchner, estimava um piso de 60% de adesão quando lançou a mais recente etapa da troca da dívida, em meados de abril passado, pouco antes de explodir a crise econômica na Europa, onde está a maioria dos detentores de títulos.
No recente segmento, estavam envolvidos 20 bilhões de dólares, mas a operação soma cerca de 30 bilhões de dólares caso sejam computados em torno de 9 bilhões de dólares em juros acumulados desde 2005.
A presidente Cristina Kirchner destacou posteriormente em um ato na Casa Rosada que o nível de armotização sobre os 12,067 bilhões de dólares reestruturados durante os últimos dois meses foi de 75,6% e, contente, disse que esta quarta-feira deveria ser declarada "dia do desendividamento".
Em coletiva de imprensa, Boudou disse que no governo há "otimismo para fechar definitivamente" a etapa de renegociação da dívida em default declarado em 2001, que deixou a Argentina fora dos mercados internacionais.
A Argentina mantém uma dívida com o Clube de Paris de 7,5 bilhões de dólares, apesar de o ministro ter sugerido que não é iminente uma negociação com esse órgão integrado por países europeus, Estados Unidos e Japão.
"Vamos trabalhar para resolver a dívida com o Clube de Paris. Mas buscaremos o momento que for mais conveniente para o país", enfatizou o ministro.
Fonte - AFP

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